
O cenário de escassez hídrica na região de Garanhuns e cidades vizinhas foi levado ao centro do debate político estadual pelo deputado estadual Cayo Albino, do PSB, que ocupa a liderança da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O parlamentar utilizou a tribuna da Casa para cobrar veementemente melhorias no abastecimento de água, imputando a situação ao que ele classifica como a crônica falta de investimentos, manutenção deficitária e o sucateamento progressivo da Companhia Pernambucana de Saneamento, a Compesa.
Cayo Albino demonstrou profunda indignação com a aparente disparidade entre os altos volumes de recursos financeiros captados pelo Governo do Estado e a ausência de projetos concretos para o Agreste. O deputado destacou que o governo obteve um empréstimo de R$ 1,1 bilhão em julho de 2024, seguido por mais R$ 6 bilhões em outubro de 2025, ambos destinados a obras de água e saneamento no estado. No entanto, o deputado questionou publicamente o destino desse montante, afirmando que "para Garanhuns não tem nem uma obra, nem projeto, nenhum centavo anunciado ou investido para resolver a falta de água que maltrata nossa gente todos os dias".
Para fundamentar suas cobranças, o líder da oposição realizou uma visita de fiscalização pessoalmente às barragens do Cajueiro e de Inhumas, que são as principais fontes de abastecimento de Garanhuns e de outros municípios do Agreste pernambucano. Após constatar a situação in loco, o parlamentar fez as cobranças necessárias diretamente à governadora Raquel Lyra, do PSD, exigindo a apresentação de soluções e a imediata resolução do problema. Apesar dos apelos e das denúncias, o socialista lamentou que nenhuma medida concreta tenha sido implementada até o momento pela gestão estadual.
Em sua fala na Assembleia, Cayo Albino criticou o que percebe ser o descaso do governo com a região, sentenciando que "o Governo do Estado parece não colocar Garanhuns e o agreste no mapa dos investimentos, das prioridades e das entregas". O deputado enfatizou a necessidade de respeitar os cidadãos, que cumprem com suas obrigações fiscais e que necessitam, no mínimo, de um bem essencial como a água para uma vida digna. Para o parlamentar, a ausência do recurso básico representa uma falta de respeito à população trabalhadora.
Ao encerrar sua intervenção, o líder oposicionista reafirmou seu compromisso de fiscalizar e lutar pelo Agreste Meridional. Ele finalizou a fala com um tom enfático, garantindo que o seu papel de cobrança e denúncia persistirá enquanto o problema do abastecimento não for solucionado. "Enquanto essa situação continuar, estaremos aqui cobrando, denunciando e defendendo o povo do Agreste Meridional. Água não é favor, é um direito essencial!", concluiu o deputado, transformando o acesso à água em uma das principais bandeiras políticas de sua atuação na Alepe.



