
O cenário político de Pernambuco para 2026 aponta para uma eleição que pode ser encerrada já no primeiro turno. As pesquisas mais recentes mostram uma forte polarização entre a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), deixando pouco espaço para o surgimento de uma terceira via competitiva. Caso a tendência se confirme nas urnas, o pleito repetirá o padrão de votações anteriores no estado, em que o eleitor decidiu rapidamente o comando do Palácio do Campo das Princesas.
Raquel Lyra aposta na força de sua gestão para manter o protagonismo conquistado em 2022. A governadora trabalha para consolidar a imagem de administradora técnica e eficiente, investindo em entregas e em ampliar o diálogo com o interior do estado. Já João Campos aposta na popularidade de sua administração na capital e na herança política do PSB, que governou Pernambuco por mais de dez anos, como principais trunfos na disputa.
Enquanto isso, o ex-vereador Ivan Moraes (PSOL) tenta se posicionar como uma alternativa progressista fora da polarização. No entanto, o partido historicamente enfrenta dificuldades para emplacar candidaturas fortes no estado, o que torna seu desafio de ganhar visibilidade e romper o domínio de PSD e PSB ainda maior.
O histórico eleitoral reforça a possibilidade de definição no primeiro turno: das últimas quatro disputas pelo governo de Pernambuco, três terminaram sem necessidade de rodada extra. Esse comportamento do eleitor pernambucano valoriza as candidaturas que se consolidam cedo e conseguem imprimir uma narrativa forte antes do período oficial de campanha.
Nos bastidores, tanto o grupo de Raquel Lyra quanto o de João Campos demonstram otimismo, mas reconhecem o caráter acirrado da disputa. A governadora aposta na estabilidade e nos resultados de sua administração, enquanto o prefeito busca ampliar sua influência no interior. Tudo indica que a corrida de 2026 será marcada por estratégias antecipadas e pelo esforço de ambos em garantir uma vitória ainda na primeira rodada.



