
A chapa única que elegeu Aécio Neves para a presidência do PSDB sinaliza o foco do partido em reconstruir sua identidade e força política, após resultados eleitorais abaixo do esperado nos últimos anos. A definição de vetos presidenciais para 2026 reforça o objetivo do PSDB de se posicionar como uma alternativa de centro.
O veto explícito às candidaturas de Lula e de membros da família Bolsonaro demonstra a intenção da legenda de não se alinhar a nenhum dos dois principais polos que polarizaram a política nacional recentemente. A estratégia visa ocupar o espaço que o partido tucano enxerga como vazio: o centro democrático.
O projeto de Aécio Neves para o PSDB está focado na consolidação da sigla no Congresso Nacional. A meta principal é eleger uma bancada de 30 deputados federais em 2026. Este número é crucial para garantir a superação das cláusulas de desempenho eleitoral e assegurar recursos e tempo de televisão.
Segundo o deputado, o objetivo de longo prazo é usar a eleição de 2026 como um passo para que o partido chegue fortalecido e com maior protagonismo na disputa eleitoral de 2030, podendo, então, lançar um nome competitivo ao Palácio do Planalto.
Dessa forma, o PSDB, sob nova direção, prioriza a recuperação de sua base e o fortalecimento de seu quadro legislativo, enquanto busca se manter isento em relação aos líderes das duas principais forças que dominam o debate nacional.



