Provocado pelo Governo do Estado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou, na tarde desta quarta-feira (7), que a greve dos policiais civis, marcada para ter início à meia-noite desta sexta-feira (9), seja vedada, sendo proibida qualquer forma de mobilização que acarrete paralisação, suspensão ou prejuízo de suas atividades essenciais.
A decisão, que foi concedida em tutela provisória, também determinou que, caso o movimento grevista já tenha sido iniciado, deverá ser encerrado de forma imediata.
Sendo assim, todos os servidores policiais civis deverão retornar ao trabalho. Caso o sindicato realize alguma prática que impeça ou pertube o funcionamento do serviço de segurança pública, deverá pagar uma multa diária no valor de R$ 300 mil.
O Tribunal determinou ainda que o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL), deverá comprovar imediatamente o cumprimento da decisão judicial.
MOVIMENTO GREVISTA
Em encontro realizado na noite desta terça-feira (06), policiais civis de Pernambuco decidiram pela paralisação a partir da meia-noite desta sexta-feira (9). O movimento não chegou a um acordo com o Governo do Estado.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-PE), o governo não se dispôs a iniciar as negociações por melhorias nas condições de trabalho, valorização salarial e aumento do contingente da categoria.
Um ato foi realizado em frente ao Palácio do Campo das Princesas e, no início da noite, os representantes do Sinpol-PE foram recebidos para uma reunião, sem definição de data para o início das negociações.
Após o encontro, a categoria decidiu deflagrar a greve. "Esta é a primeira vez na história do sindicato que a categoria deflagra a greve porque um governo não quis abrir uma mesa de negociação" disse Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol-PE.