O União Brasil reúne sua Executiva Nacional nesta quarta-feira (8) para decidir punições ao ministro do Turismo, Celso Sabino, deputado licenciado pelo partido no Pará. Dirigentes da legenda afirmam que há consenso para aprovar uma medida cautelar que suspenderá imediatamente o diretório do partido no estado, hoje sob comando de Sabino. A expulsão do ministro também está em análise, mas depende de um processo formal interno antes de ser confirmada.
A crise entre Sabino e a cúpula do União Brasil se intensificou desde setembro, quando o partido anunciou o rompimento com o governo Lula e exigiu que seus filiados deixassem cargos na Esplanada. O ministro chegou a afirmar que comunicaria sua demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas segue no cargo. A demora em deixar o governo motivou a abertura de processo disciplinar por infidelidade partidária. O parecer com as punições será relatado pelo deputado Fábio Schiochet (União-SC).
O governador de Goiás e integrante da Executiva Nacional, Ronaldo Caiado, confirmou que a reunião deve indicar a expulsão de Sabino. “Será decidida a expulsão do deputado Celso Sabino por reiterada infidelidade partidária”, afirmou. Apesar da pressão, Sabino tenta se manter no cargo com apoio de parte da bancada do União, que considera o Ministério do Turismo estratégico para a destinação de emendas parlamentares.
A reunião ocorre em meio à turbulência interna do partido, após reportagens associarem o presidente do União, Antonio de Rueda, ao uso de aeronaves supostamente ligadas ao PCC o que o dirigente nega veementemente. O episódio ampliou o desgaste entre Lula e Rueda, que já vinham trocando críticas públicas. Em nota, o União manifestou solidariedade a Rueda e reafirmou a intenção de reforçar a disciplina partidária entre seus filiados.
