
O Tribunal Criminal Especializado de Banska Bystrica, na Eslováquia, condenou nesta terça-feira (21) Juraj Cintula, de 72 anos, a 21 anos de prisão por acusações de terrorismo. Ele foi considerado culpado de atirar cinco vezes contra o primeiro-ministro Robert Fico em maio de 2024, em um ataque a curta distância que deixou o líder gravemente ferido.
O crime aconteceu na cidade de Handlova, no centro do país, enquanto Fico cumprimentava apoiadores após um evento público. O primeiro-ministro foi atingido quatro vezes no abdômen, quadril, mão e pé e passou por cirurgias delicadas, ficando afastado por meses. Ele voltou às atividades oficiais em julho do ano passado.
O julgamento, iniciado em julho, girava em torno da tipificação do crime: se Cintula deveria responder por terrorismo ou por acusações menos graves, como tentativa de assassinato. A decisão do tribunal confirma a gravidade política e social do ataque, que abalou o país e gerou debates sobre segurança de autoridades e polarização política.
Robert Fico, de 61 anos, lidera o governo eslovaco com posições conservadoras e nacionalistas. Desde o atentado, o episódio tem sido utilizado por seus aliados como alerta para o extremismo político. Cintula admitiu a autoria dos disparos, mas sua defesa tentou enquadrar o caso como um ato isolado, sem motivação terrorista tese rejeitada pela Justiça.