
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil declarou nesta quinta-feira (14) que o programa Mais Médicos foi “um golpe diplomático” que explorou profissionais cubanos e enriqueceu “um regime corrupto”. A crítica foi feita um dia após o governo norte-americano anunciar sanções contra ex-funcionários brasileiros e representantes da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) envolvidos na iniciativa.
Entre os nomes citados estão Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor da pasta e ex-diretor da Opas, hoje ligado à COP30 pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Segundo os EUA, o programa teria sido implementado por meio da Opas para contornar tanto a legislação brasileira quanto as sanções impostas a Cuba.
O Departamento de Estado alega que os salários dos médicos cubanos foram desviados para o governo de Havana, prejudicando tanto os profissionais quanto a população cubana. O comunicado afirma ainda que médicos relataram situações de exploração, o que caracterizaria trabalho forçado.
O episódio aumenta o clima de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, que já enfrentavam atritos desde o governo Trump, com medidas como a imposição de tarifas a produtos brasileiros e a suspensão de vistos para autoridades do país.