A Operação Compliance Zero foi deflagrada pela Polícia Federal para combater um esquema de emissão de títulos de crédito fraudulentos por instituições financeiras ligadas ao Sistema Financeiro Nacional. Daniel Vorcaro, principal acionista e CEO do Banco Master, foi detido no momento em que tentava embarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o que Haddad considerou um indício da gravidade das acusações.
O ministro da Fazenda fez questão de frisar o papel do Banco Central (BC) como principal regulador do sistema. “Eu penso que o Banco Central vai dando as informações na medida das suas possibilidades, à medida do andamento do processo de liquidação. O que cabe à Fazenda é dar suporte para as consequências desse ato; se houver, nós estamos aqui prontos para colaborar”, afirmou Haddad.
A liquidação extrajudicial da Master Corretora, uma das empresas do grupo, implica o bloqueio de bens dos responsáveis. Para os investidores, a medida abre caminho para o acionamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC é uma entidade privada, regulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que garante saldos e investimentos de até R$ 250 mil por CPF/CNPJ em cada instituição, com um limite global de R$ 1 milhão por pessoa ao longo de quatro anos.
O caso Master, que já estava sob investigação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, coincide com o recente endurecimento das regras do Conselho Monetário Nacional (CMN). Em agosto, o CMN havia apertado as regras para associação de instituições financeiras ao FGC, medidas previstas para entrar em vigor em 2026, que foram discutidas após o anúncio de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB).
