
O chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Khalil al-Hayya, confirmou neste domingo (14) a morte de Raed Saad, dirigente responsável pela produção de armas do grupo. Segundo a agência Reuters, Saad foi morto em um ataque israelense ocorrido no sábado.
Israel afirmou que Raed Saad era um dos principais arquitetos do ataque realizado em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a atual fase do conflito. A morte do dirigente foi tratada pelo governo israelense como parte de sua estratégia de neutralizar lideranças operacionais do Hamas.
Em pronunciamento, Khalil al-Hayya declarou que a eliminação de Saad e outras ações militares recentes colocam em risco a viabilidade de um acordo de cessar-fogo em Gaza. Para o líder do Hamas, os ataques enfraquecem a confiança necessária para avanços nas negociações mediadas por atores internacionais.
Hayya também defendeu o direito do grupo de manter armas, afirmando que essa é uma condição inegociável para o Hamas. Ele cobrou maior envolvimento de mediadores externos, incluindo os Estados Unidos, para conter a escalada do conflito e preservar os canais de diálogo.
De acordo com a Reuters, autoridades americanas planejam discutir em Doha a possibilidade de criação de uma força internacional para Gaza. A proposta surge em meio às tentativas de reorganizar o território após meses de guerra e diante das crescentes dificuldades para alcançar um acordo duradouro de cessar-fogo.



