
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), classificou como um “ato grave” a ocupação de sua cadeira por parlamentares da oposição, ocorrida nesta semana. Em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (8), ele afirmou que a medida exige uma resposta “pedagógica” para evitar que o episódio se repita.
Motta disse que não pretende negociar pautas como condição para encerrar a ocupação. “Seria um precedente gravíssimo. É só ir lá, sentar na mesa e dizer que só sai quando votar a pauta que aquele partido quer. Isso não é aceitável”, declarou. Segundo ele, o colégio de líderes é o espaço legítimo para definir votações, cabendo ao presidente da Câmara atuar como árbitro sem privilegiar temas específicos.
O deputado afirmou compreender a tensão política do momento, mas ressaltou que a ação da oposição atrapalha a articulação de projetos que poderiam ter apoio de partidos de centro. Ele destacou que o uso da força policial foi evitado para não gerar incidentes, citando o caso da deputada Júlia Zanatta (PL-SC), que estava acompanhada do filho de quatro meses.
De acordo com Motta, o fim da ocupação contou com a mediação de diversos parlamentares, incluindo o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) e líderes como Dr. Luizinho (PP-RJ), Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Elmar Nascimento (União-BA), Altineu Côrtes (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Renildo Calheiros (PCdoB-PE).