
A Justiça Eleitoral de Pesqueira julgou parcialmente procedente uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e determinou a cassação do mandato do prefeito Marcos Luidson de Araújo, conhecido como Cacique Marcos (Republicanos), e de sua vice-prefeita, Cilene Martins de Lima. Ambos foram eleitos nas eleições de 2024 e agora estão inelegíveis por oito anos, até 2032.
A decisão, assinada pelo juiz Rodrigo Flávio Alves de Oliveira, aponta abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral. O ex-prefeito Bal de Mimoso (Sebastião Leite da Silva Neto) também foi declarado inelegível pelo mesmo período.
Curiosamente, o autor da ação que levou à cassação foi o ex-candidato e principal adversário político de Marcos, Rossine Cordeiro (Delegado Rossine), que também foi condenado pela Justiça Eleitoral. Rossine foi alvo de uma ação semelhante e acabou declarado inelegível por oito anos, acusado de montar uma rede de desinformação e fazer uso indevido dos meios de comunicação durante a eleição. Em todos os casos, ainda cabe recurso.
Além das questões eleitorais, o prefeito Cacique Marcos já esteve no centro de outra polêmica recente: ele foi afastado temporariamente do cargo em abril deste ano por decisão da Justiça durante a operação “Pactum Amicis”, que investiga suposto esquema de fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro, com um prejuízo estimado em R$ 15,7 milhões aos cofres públicos. Ele retornou ao cargo no mês passado após decisão favorável do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Após a nova decisão de cassação, Cacique Marcos publicou uma nota nas redes sociais garantindo que continuará no cargo enquanto houver possibilidade de recurso. Ele reafirmou sua confiança na reversão da decisão nas instâncias superiores e negou qualquer prática irregular. “Seguimos firmes, com a cabeça erguida e o coração em paz, porque sei que estou do lado certo: o lado do povo de Pesqueira”, declarou.