
O Ministério Público da Itália emitiu, nesta terça-feira (22), um parecer favorável à extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A informação foi confirmada pela Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o governo brasileiro no processo junto às autoridades italianas.
De acordo com a AGU, o parecer é um passo importante no processo, mas a decisão final cabe à Justiça italiana, que ainda não tem prazo definido para julgar o pedido. O caso envolve cooperação jurídica entre os dois países e é acompanhado pelo Itamaraty e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli foi presa em julho de 2025, em Roma, após tentar escapar do cumprimento de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, a deputada viajou para a Itália em busca de asilo político, utilizando sua dupla cidadania ítalo-brasileira.
Segundo as investigações, a parlamentar foi autora intelectual da invasão, com o objetivo de emitir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. O ataque foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter agido a mando da deputada.
O pedido de extradição foi formalizado pelo STF em 11 de junho de 2025 e enviado pelo Itamaraty ao governo italiano. Enquanto aguarda a decisão da Justiça, Zambelli segue detida na capital italiana. Paralelamente, ela responde na Câmara dos Deputados a um processo de cassação do mandato parlamentar.



