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Lula no Fórum Mundial da Alimentação: “A fome é irmã da guerra”

Presidente destaca impactos dos conflitos e do protecionismo na insegurança alimentar global e defende o multilateralismo como caminho para superar desigualdades.

Há 10 horas — Por Robson Júnior

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Foto: Ricardo Stuckert/PR—

Ao discursar na abertura do Fórum Mundial da Alimentação, em Roma, nesta segunda-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a fome está diretamente ligada aos conflitos e às desigualdades. "A fome é irmã da guerra, seja ela travada com armas ou com tarifas e subsídios", afirmou. Lula criticou tanto os conflitos armados, que desorganizam cadeias de produção e agravam o sofrimento humano, quanto as barreiras comerciais e políticas protecionistas impostas por países ricos, que dificultam a agricultura nos países em desenvolvimento.

Lula destacou que, apesar de o mundo produzir alimentos suficientes para alimentar uma vez e meia a população global, mais de 670 milhões de pessoas ainda vivem em situação de insegurança alimentar. Segundo ele, o acesso à alimentação tornou-se um instrumento de poder, refletindo profundas desigualdades entre nações e grupos sociais. "Não há como dissociar a fome das desigualdades que dividem ricos e pobres, homens e mulheres, países desenvolvidos e em desenvolvimento", declarou.

O presidente celebrou o fato de o Brasil ter voltado a sair do Mapa da Fome, conforme dados recentes da FAO. Ele ressaltou que, em 2024, o país registrou os menores índices históricos de insegurança alimentar grave em domicílios, inclusive entre famílias com crianças pequenas. "Estamos interrompendo o ciclo de exclusão. Um país soberano é um país capaz de alimentar seu povo", afirmou, acrescentando que a fome é inimiga da democracia.

Por fim, Lula reiterou o compromisso brasileiro com o multilateralismo e elogiou os 80 anos da FAO. Para ele, a atuação conjunta de organismos internacionais é essencial para garantir o direito à alimentação em escala global. "Os desafios aumentaram, mas não temos alternativa senão persistir. Enquanto houver fome, a FAO permanecerá indispensável", concluiu.

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