
A menos de um ano das eleições presidenciais na Colômbia, a morte de Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, embaralhou o panorama político do país. O ex-senador, considerado o principal nome da direita, morreu nesta segunda-feira (11) em decorrência dos ferimentos sofridos após um atentado em 7 de junho, quando foi baleado na cabeça durante um comício em Bogotá.
Uribe, que já havia atuado como senador e liderava as intenções de voto pelo partido Centro Democrático, aparecia com 13,7% na pesquisa mais recente do instituto Guarumo y EcoAnalítica, divulgada um mês após o ataque. Um adolescente de 15 anos foi preso como autor dos disparos, e outras quatro pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento. A motivação e possíveis mandantes do crime ainda não foram esclarecidos.
Na disputa pré-eleitoral, o segundo lugar era ocupado pela jornalista conservadora Vicky Dáliva, que lançou pré-candidatura independente e registrava 11,5% das intenções de voto. Na terceira posição, com 10,5%, estava Gustavo Bolívar Moreno, do Colômbia Humana, aliado do presidente Gustavo Petro, que não pode concorrer à reeleição.
Com a perda de seu principal candidato, a direita colombiana precisará redefinir rapidamente sua estratégia para tentar retomar o poder após quatro anos. O partido Centro Democrático ainda não indicou quem poderá substituir Uribe na corrida presidencial, deixando o cenário eleitoral em aberto.