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Os Herdeiros dos Gigantes

Por Érico Santos

Há 14 horas — Por Érico Santos

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Foto: Pinterest —

O Livro de Enoque apresenta um dos relatos mais perturbadores da literatura ancestral: o surgimento dos Nefilins, gigantes nascidos da união ilícita entre anjos caídos os Vigilantes e mulheres humanas. Eram seres de força descomunal, fome insaciável e condição espiritual incompleta, cuja existência desequilibrou toda a ordem terrestre.

Hoje, ao observarmos a formação e atuação dos bilionários modernos, é impossível ignorar o eco simbólico entre esses dois fenômenos não no aspecto literal, mas em dimensões arquetípicas, espirituais e, quem sabe, genéticas. Proponho investigar esse paralelo, respeitando a simbologia proposta por Enoque e avançando um passo além: seria o padrão de poder dos magnatas apenas psicológico? Ou seria um resíduo genético ou espiritual dos antigos gigantes?


A Origem do Desequilíbrio: Uma Herança de Misturas Proibidas


Segundo Enoque, os Nefilins nasceram da quebra de uma ordem cósmica: seres celestes violaram um limite e tomaram mulheres humanas. Dessa mistura nasceu uma geração irregular, que não pertencia inteiramente a nenhum dos mundos.

No presente, os bilionários emergem de outra fusão desbalanceada: a união entre riqueza e impunidade; entre conhecimento privilegiado e interesse privado; entre tecnologia e poder de controle social.

Assim como os Nefilins eram filhos de uma transgressão, os magnatas modernos surgem de genealogias marcadas por:

  • elitização hereditária;
  • dinastias corporativas e financeiras;
  • reprodução endogâmica das elites;
  • transferência cultural de domínio social.

Se os antigos gigantes eram aberrações no campo biológico, os bilionários representam uma aberração no campo social. Ambos rompem o equilíbrio.

A Grandeza Invisível que Pesa sobre o Mundo


Os Nefilins eram gigantes literais: seus corpos deformavam o solo. Os gigantes atuais são invisíveis mas pesam mais.

Um único magnata é capaz de:

derrubar mercados inteiros, influenciar guerras, controlar cadeias globais de produção, manipular alimentos, energia, algoritmos, modelos de comunicação e perfis psicológicos.

Se os Nefilins modificavam fisicamente a paisagem, os bilionários deformam o tecido social, político e ecológico. São montanhas invisíveis sobre a vida humana.

A Fome Insaciável: O Vazio Espiritual

Dizia Enoque que a Terra não conseguia sustentar os Nefilins: consumiam tudo, e quando a matéria não bastava, consumiam pessoas. Essa fome não era biológica; era espiritual.

Hoje vemos a mesma fome convertida em acúmulo:

  • riqueza que nunca basta,
  • expansão ilimitada de território,
  • coleta infinita de dados,
  • devastação ambiental monumental.

Os bilionários comem florestas, sistemas sociais, culturas, tempo humano, vidas. Devastam o futuro. Uma fome que só cessa quando há domínio total.

O Conhecimento Proibido: A Tecnologia Antes da Ética

Os Vigilantes ensinaram aos homens aquilo que ainda não deveriam saber: metalurgia bélica, sedução psicológica, artes de manipulação.

No presente, o conhecimento oculto assume forma moderna:

  • inteligência artificial centralizada,
  • sistemas de vigilância emocional,
  • biotecnologia privatizada,
  • armas tecnológicas de uso privado,
  • engenharia social por algoritmos.

Assim como antes, o que deveria servir à coletividade é apropriado por poucos. O padrão se repete: conhecimento sem sabedoria, tecnologia sem limite ético. Esse era o DNA dos Nefilins. É também o DNA estrutural dos magnatas.

A Terra Clama Novamente

Em Enoque, a Terra gritava contra os gigantes. Hoje o grito muda de forma não de sentido.

Ele se manifesta em:

  • colapso climático,
  • desigualdade extrema,
  • extinção em massa,
  • precarização global do trabalho,
  • adoecimento mental mediado por redes,
  • crises migratórias e humanitárias.

A causa permanece a mesma: uma concentração colossal de poder.

A Possibilidade da Herança Genética

Os Filhos dos Gigantes no Mundo Moderno

Enoque descreve que os corpos dos Nefilins pereceram, mas os seus espíritos permaneceram, influenciando gerações. Se não literalmente, então simbolicamente, comportamentalmente, espiritualmente.

Assim surge a hipótese:

não da genética de gigantes, mas da genética social do domínio.

Dinastias econômicas bancárias, industriais, tecnológicas transmitem:

  • ausência de empatia,
  • sentimento de excepcionalidade,
  • compulsão expansiva,
  • rejeição a limites naturais,
  • desejo de se elevar acima do humano comum.

São herdeiros espirituais de um desequilíbrio ancestral.

A ciência moderna fala em:

  • memórias celulares,
  • epigenética,
  • transmissão transgeracional de traços,
  • arquétipos coletivos.

O mito fala em:

  • espíritos sem repouso,
  • padrões antigos,
  • heranças invisíveis.

Ambas as linguagens convergem.

Os gigantes nunca desapareceram. Mudaram de forma.

Hoje vestem terno, controlam ações, dominam algoritmos, e determinam o destino da Terra.

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