
Pernambuco registrou, neste último final de semana, quase 40 homicídios, configurando o período mais violento do ano até agora. Os crimes ocorreram em diversas regiões do Estado e, segundo levantamentos, a maioria está diretamente ligada à atuação de facções criminosas, que seguem ampliando sua influência no território pernambucano.
De acordo com dados oficiais, Pernambuco já é o segundo estado do Brasil com maior número de facções criminosas, ficando atrás apenas da Bahia. O cenário, para o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL), exige uma resposta imediata, firme e coordenada.
“O que vimos neste fim de semana não é um episódio isolado, mas o retrato do colapso da segurança pública em Pernambuco. A Polícia Civil continua sendo o elo central para investigar, desarticular facções e prender líderes criminosos. Mas sem condições de trabalho, sem valorização e sem uma Lei Orgânica que modernize a instituição, ficamos enxugando gelo diante do avanço do crime organizado”, afirmou Áureo Cisneiros, presidente do SINPOL.
O sindicato reforça a cobrança para que a governadora Raquel Lyra encaminhe à ALEPE o Projeto de Lei da Lei Orgânica da Polícia Civil, considerado fundamental para modernizar a instituição, estruturar carreiras e dotar os policiais de meios eficazes para combater o crime organizado.
Enquanto isso, a violência segue se espalhando nas cidades do interior, na Região Metropolitana e nos bairros da capital. Segundo o SINPOL, os policiais civis atuam em condições precárias, com delegacias improvisadas, déficit de efetivo e falta de investimento. “Não é possível enfrentar as facções criminosas sem uma Polícia Civil valorizada, moderna e equipada”, alerta a entidade.