
Apesar da conclusão dos principais julgamentos relacionados à trama golpista, o Supremo Tribunal Federal avalia que o tema continuará em evidência ao longo de 2026. Ministros da Corte entendem que fatores jurídicos e políticos ainda impedem uma “virada de página” definitiva sobre o assunto.
Entre os principais pontos de preocupação estão as fugas de réus envolvidos nas ações penais, que reacenderam alertas internos no STF. As evasões levaram à adoção de medidas mais rigorosas, como a decretação de prisões domiciliares preventivas, com o objetivo de garantir a efetividade das decisões judiciais.
Outro fator que pode prolongar o debate é o avanço, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei da Dosimetria. Caso o veto presidencial ao texto seja derrubado, ministros avaliam que haverá uma enxurrada de pedidos de revisão de penas, especialmente por parte de condenados nos processos relacionados aos atos antidemocráticos.
Além disso, o Supremo projeta novos embates jurídicos de forte impacto político já no primeiro semestre de 2026. A estratégia da Corte é acelerar o julgamento dessas ações antes do início oficial do calendário eleitoral, buscando reduzir o risco de ampliar ainda mais a tensão institucional no país.
Internamente, a avaliação é de que o STF seguirá atuando para preservar a estabilidade democrática, mesmo diante de pressões políticas e de tentativas de reabertura de debates já decididos no plenário.



