
Em entrevista à Rádio Folha nesta segunda-feira (28), a senadora Teresa Leitão (PT) foi categórica ao negar qualquer possibilidade de o PT dividir apoio em Pernambuco nas eleições estaduais de 2026. A parlamentar reafirmou que o partido manterá sua posição de oposição ao governo Raquel Lyra (PSD) e reiterou o alinhamento com o PSB do prefeito do Recife, João Campos, visto como aliado prioritário por seu apoio ao presidente Lula.
“O PT apoiando quem está apoiando Lula, quem já disse que está com Lula. Quem foi que já disse que está com Lula aqui no estado de Pernambuco? O prefeito João Campos”, declarou a senadora. Ela reforçou que o partido deve compor a chapa majoritária e ressaltou que o cenário atual não permite ambiguidade: “O PT não vai dizer que apoia dois candidatos. Jamais. Nunca disse numa disputa estadual.”
Teresa também defendeu abertamente a recondução do senador Humberto Costa ao Senado como prioridade da legenda. Segundo ela, seu nome deve ser consolidado como representante do partido na aliança com o PSB. “Se a vaga é do PT, e eu defendo que ela seja, é o PT quem escolhe”, disse.
A senadora reconheceu, porém, que o cenário de composição da chapa ainda está em disputa, com nomes como Miguel Coelho (União Brasil), Silvio Costa Filho (Republicanos) e Marília Arraes (Solidariedade) sendo ventilados para posições na majoritária.
Ao comentar a relação do PT com o governo estadual, Teresa foi enfática ao afirmar que a legenda permanece na oposição. Ela criticou movimentos individuais de filiados que se aproximaram do Palácio do Campo das Princesas e alertou para o risco de se confundir apoio pontual a Lula com alinhamento político. “Se Raquel quiser apoiar a Lula, Lula vai dizer que não? Mas isso é diferente de estar no mesmo palanque”, ponderou.
Por fim, a petista descartou comparações com o pleito de 2006, quando Lula apoiou simultaneamente Eduardo Campos e Humberto Costa. “A conjuntura era outra. Hoje, a campanha está antecipada e muito beligerante. Isso não permite esse tipo de pacto”, concluiu.