
Equipes de resgate localizaram nesta terça-feira (24) o corpo da publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos maiores vulcões da Indonésia. Juliana participava de um passeio de três dias quando caiu em uma área de difícil acesso da montanha na última sexta-feira (20).
Desde o acidente, as equipes enfrentaram uma série de obstáculos para chegar até o local: o terreno íngreme, a altitude elevada e as condições climáticas adversas dificultaram as tentativas de resgate. A confirmação da morte foi feita por meio de um perfil criado pela família no Instagram, o @resgatejulianamarins. “Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio”, diz o comunicado.
De acordo com familiares e relatos da imprensa local, Juliana teria sido deixada para trás pelo guia da excursão, Ali Musthofa, após manifestar cansaço. No entanto, em entrevista ao jornal O Globo, o guia negou ter abandonado a jovem, afirmando que ela havia sido orientada a descansar enquanto ele avançaria um pouco para buscar ajuda. Musthofa prestou depoimento à polícia indonésia no domingo, logo após descer da montanha.
A família de Juliana criticou a administração do Parque do Monte Rinjani por manter a trilha aberta para outros turistas durante o período em que a brasileira aguardava socorro. Pelas redes sociais, os familiares cobraram providências: “Enquanto Juliana PRECISA DE SOCORRO! Não sabemos o estado de saúde dela! Ela continua sem água, comida e agasalho há três dias!”, escreveram.
O Monte Rinjani é o segundo maior vulcão da Indonésia, com mais de 3,7 mil metros de altitude, e é conhecido por atrair turistas em busca de aventura. Apesar disso, a trilha é considerada de alto risco. Em 2022, um português morreu em um acidente no mesmo local. Já em maio deste ano, outro turista, da Malásia, também perdeu a vida em circunstâncias semelhantes.