
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (17) que acredita ser possível encerrar a guerra na Ucrânia. A declaração foi feita após um almoço de trabalho com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca. Questionado se considera que o presidente russo, Vladimir Putin, está negociando um cessar-fogo de “boa-fé”, Trump preferiu não responder diretamente.
Na véspera, Trump havia conversado por telefone com Putin, classificando o diálogo como “bom” e afirmando que “as coisas estão indo muito bem para o fim da guerra”. Ele indicou que a próxima reunião com o líder russo será “uma reunião dupla”, com Zelensky sendo informado sobre os avanços, e disse acreditar que Putin “vai concordar com a paz”.
O republicano também comentou a possibilidade de a Ucrânia realizar ataques em profundidade no território russo. “Permitir ataques profundos dentro da Rússia seria uma escalada”, afirmou, acrescentando que discutirá o tema com Zelensky. O presidente americano reforçou que busca evitar novos passos que possam ampliar o conflito.
Zelensky, por sua vez, destacou que o cessar-fogo em Gaza cria um “momentum para a Ucrânia”, embora tenha dito não acreditar que a Rússia esteja pronta para a paz. Durante sua visita a Washington, o líder ucraniano se reuniu com empresas de defesa e discutiu o fortalecimento dos sistemas de defesa aérea de seu país. Ele afirmou que pretende negociar com Trump “o que precisamos fazer para forçar Putin a negociar” e destacou a importância de “garantias bilaterais de segurança com os EUA”.
Em tom descontraído, Trump comentou a relação entre os dois líderes europeus: “Putin e Zelensky não gostam um do outro. Não tenho problema em dizer isso na frente de Zelensky.” Apesar das diferenças, o encontro foi visto como um gesto de aproximação e um possível passo rumo a novas negociações de paz.