
O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) voltou a criticar o Governo de Pernambuco pela demora na aplicação de recursos provenientes de empréstimos aprovados pela Assembleia Legislativa desde 2023. A crítica ganhou força após a publicação, no último sábado (5), no Diário Oficial do Estado, do extrato do quarto termo aditivo ao contrato firmado entre o governo estadual e a Caixa Econômica Federal, solicitando nova prorrogação para o uso do saldo de R$ 1,1 bilhão.
Segundo Borges, o pedido de extensão do prazo demonstra a incapacidade do Executivo de executar investimentos dentro do cronograma acordado. Para ele, o fato desmonta a narrativa de que a Alepe estaria atrasando obras importantes por não aprovar rapidamente novos financiamentos solicitados pela gestão estadual.
O parlamentar lembrou que o valor poderia ter sido utilizado em obras estruturantes esperadas pela população, como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232. “A governadora atesta mais uma vez, através desse quarto termo aditivo, a incapacidade de sua gestão para conseguir gastar recursos autorizados há dois anos, que já poderiam ter viabilizado essas obras”, declarou.
Borges também questionou a falta de clareza quanto ao novo prazo de prorrogação e informou ter enviado um ofício ao governo para obter a íntegra do termo aditivo. “Como não está explícito no extrato quanto tempo a mais o governo está pedindo, já solicitei essa informação oficialmente”, afirmou.
Em tom crítico, o deputado finalizou seu posicionamento dirigindo-se diretamente à governadora Raquel Lyra (PSD): “Quanto tempo, governadora? Quanto tempo a mais a senhora vai precisar para aplicar esse recurso? Pernambuco tem o direito de saber e quer receber essa informação logo, porque Pernambuco tem pressa”, ironizou, usando o mesmo lema das campanhas do governo.