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CPMI pede prisão de presidente da Conafer por suspeita de lavagem de dinheiro

Carlos Roberto Lopes, acusado de liderar esquema com descontos ilegais em aposentadorias do INSS, pode ter movimentado mais de R$ 140 milhões irregularmente

Há 8 horas — Por Robson Júnior

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Foto: Lula Marques/Agência Brasil—

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os descontos ilegais em benefícios do INSS aprovou, nesta quinta-feira (2), um requerimento que solicita a prisão preventiva de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). A solicitação será enviada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça.

Carlos Roberto já havia sido detido anteriormente pela CPMI por falso testemunho durante depoimento prestado na última terça-feira (30), mas foi liberado em seguida. Segundo o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), há fortes indícios de que o presidente da Conafer cometeu crimes de lavagem de dinheiro e lidera uma organização criminosa que se beneficiou de descontos indevidos em aposentadorias de milhares de brasileiros.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontam movimentações suspeitas envolvendo mais de R$ 140 milhões transferidos pela Conafer a pessoas físicas e jurídicas ligadas a Lopes e seu assessor direto, Cícero Marcelino. De acordo com Gaspar, o assessor teria operado as movimentações financeiras por meio de aplicativo móvel, sob orientação direta de Carlos Roberto. O relator sustenta que o investigado não conseguiu comprovar a origem lícita dos recursos nem a regularidade dos negócios da entidade.

Além da solicitação de prisão, a CPMI também aprovou a convocação de ex-servidores do INSS, entre eles o ex-procurador Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, afastado do cargo após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal. A esposa e a irmã de Virgílio também foram convocadas a depor, já que teriam recebido recursos de empresas ligadas ao esquema fraudulento.

Para Gaspar, a prisão preventiva se justifica não só pelo risco de fuga, mas também para impedir a continuidade dos crimes. “A amplitude das operações da Conafer pode indicar que o esquema de lavagem de dinheiro segue ativo, inclusive em outras áreas de atuação da entidade”, alertou o relator.

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