
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclui nesta quarta-feira (24) seus compromissos em Nova York, após abrir a 80ª Sessão da Assembleia Geral da ONU. Pela manhã, Lula comandou a 2ª edição do evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, ao lado dos presidentes Gabriel Boric (Chile) e Pedro Sánchez (Espanha). A iniciativa reuniu representantes de cerca de 30 países, reforçando a diplomacia ativa contra a deterioração institucional, a desinformação e o discurso de ódio.
À tarde, Lula participa do Evento Especial sobre Clima para Chefes de Estado e de Governo, ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres. O encontro busca ampliar a mobilização global rumo à COP30, que será realizada em novembro, em Belém. O Brasil se comprometeu a reduzir de 59% a 67% as emissões de gases do efeito estufa, metas que integram as NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas). Até agora, 47 países já apresentaram suas propostas.
Em seu discurso de abertura na Assembleia, o presidente brasileiro defendeu a criação de um conselho global para monitorar as ações climáticas, além do lançamento de um mecanismo para a conservação das florestas tropicais. Lula reforçou que os esforços contra a crise climática devem ser equilibrados entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento, com foco em medidas concretas.
Outro destaque da viagem foi o encontro informal com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrido nos bastidores da ONU. Segundo o Planalto, a conversa foi breve, cordial e sugerida por Trump, que manifestou interesse em uma reunião oficial já na próxima semana. O gesto ocorre em meio à escalada de tensões comerciais entre os dois países.
Após a agenda oficial, Lula dará entrevista coletiva na sede da ONU antes de embarcar de volta ao Brasil, com previsão de chegada a Brasília na madrugada de quinta-feira (25). A viagem consolidou o protagonismo do país em temas globais como democracia, clima e relações internacionais.