
A Operação Estafeta, que levou ao afastamento do prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), também revelou uma das maiores apreensões de dinheiro vivo da investigação. A Polícia Federal encontrou R$ 215 mil na casa do empresário Caio Henrique Pereira Fabbri, dono da Quality Medical, e R$ 946 mil na sede da empresa um total próximo de R$ 1,2 milhão.
Fabbri alegou que o dinheiro guardado em casa teria origem em vendas de peças de carro, ligadas ao seu hobby de participar de corridas. Já os valores na empresa, segundo ele, seriam de pequenas vendas usadas para pagar obras, fretes e comissões. No entanto, o empresário não apresentou documentos que comprovem a versão nem garantiu que os recursos foram declarados à Receita Federal.
Preso em flagrante, Fabbri foi denunciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele já havia sido citado anteriormente na Operação Prato Feito, que investigou desvios em contratos da merenda escolar. Agora, a nova denúncia reacende suspeitas sobre contratos milionários da Quality Medical com prefeituras paulistas, ainda que a empresa não possua vínculos ativos com São Bernardo do Campo no momento.
A defesa de Fabbri nega qualquer envolvimento com irregularidades e afirma que ele é alvo de uma acusação infundada: “A denúncia deixa mais dúvidas do que respostas”, disseram os advogados em nota, reforçando confiança na absolvição do empresário.